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Como cuidar da higiene bucal de bebês e crianças


Desde o surgimento dos primeiros dentinhos até o período de substituição dos chamados "dentes de leite" pelos definitivos, o tema traz dúvidas e preocupação na cabeça dos pais. Por esta razão, o tema desperta atenção da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS). A orientação é iniciar o processo de limpeza logo nos primeiros meses de vida, fazendo uso de uma gaze umedecida em água filtrada.

– Até o momento do nascimento do primeiro dente, é indicado fazer este procedimento pelo menos uma vez por dia, preferencialmente antes de dormir à noite. Assim que nascer o primeiro dentinho é sugerido utilizar uma escova com cerdas macias e de tamanho adequado à boca do bebê. A Associação Brasileira de Odontopediatria recomenda a introdução de um dentifrício fluoretado (1000 a 1100 ppm de flúor solúvel) associado ao ato mecânico da escovação tão logo o dente irrupcione, na frequência de uma vez ao dia, quando só houver incisivos inferiores e superiores na boca, e duas vezes, quando os molares de leite surgirem, por volta dos catorze até dezesseis meses de vida. Os pais devem ser orientados quanto ao controle da quantidade de dentifrício a ser colocado na escova, principalmente na fase em que os dentes de leite estão irrupcionando (o equivalente a um grão de arroz) – explica o odontopediatra Fernando Borba de Araujo.

A primeira consulta do bebê ao dentista deverá ocorrer no 1° ano de vida do bebê, independente dos dentes de leite terem surgido (irrupcionado) ou não. O momento inicial é oportuno para trocar informações, orientar os familiares e dar início às ações preventivas de cárie, gengivite e trauma dental.

Outro momento de muitas dúvidas entre os pais é quando acontece a queda dos dentinhos chamados "de leite". O processo inicia por volta dos seis anos e não deve ser motivo de preocupação.

– As quedas e trocas dentárias fazem parte de um processo fisiológico e portanto, natural. Os primeiros dentes a caírem são os incisivos centrais inferiores e superiores, normalmente aos pares. Esse fenômeno se estende até por volta dos doze anos de idade, quando caem os segundos molares de leite. A partir daí, os dentes permanentes já devem estar todos presentes em boca – finaliza.

Acrescenta ainda, a importância de ações educativas serem promovidas o mais cedo possível para a prevenção de cárie, incluindo o aconselhamento dietético e orientação da higiene bucal com creme dental fluoretado, tendo-se o cuidado com a exposição adequada ao flúor principalmente até os primeiros 4 anos de vida, época em que a criança têm a dificuldade ou limitação motora de cuspir. Acrescenta-se a estes, a avaliação de hábitos de sucção não nutritivos (chupetas e mamadeiras) e também a supervisão do crescimento e desenvolvimento dentário.

Estas ações devem vir como um incentivo por parte dos pais e familiares e de professores nas escolas, mostrando de forma lúdica a importância de se manter uma boca saudável ao longo da vida.

Redação: Vítor Figueiró
Foto: Marcelo Matusiak
PlayPress Assessoria de Imprensa

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