No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. A cada ano, cerca de 12 mil novos casos de câncer infantil são diagnosticados no país. Entre os tipos mais comuns de câncer em crianças, estão a leucemia, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas.

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul atua de forma permanente na conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado do câncer infantil. No Brasil, o câncer infantojuvenil afeta em torno de 8.500 crianças e adolescentes por ano, sendo a principal causa de morte, por doença, nessa faixa etária. Em países desenvolvidos, as taxas de cura do câncer na infância já alcançam mais de 80%, índice ainda não alcançado no Brasil, onde curamos em torno de 64% dos casos.

“Inúmeros fatores levam a esse pior resultado, como a dificuldade de acesso aos serviços de referência, demora no diagnóstico, abandono do tratamento, entre outros. Como ainda não é possível identificar, na grande maioria dos casos, grupos de risco, para rastreio, ou fatores de risco para estimular prevenção, é muito importante a identificação precoce dos sintomas iniciais do câncer e o encaminhamento dos casos aos serviços de referência em oncologia pediátrica. Sempre orientamos que os pais levem o seu filho em um pediatra de sua confiança. Este é o profissional mais capacitado para avaliar os sintomas iniciais, fazer o acompanhamento e solicitar os exames necessários. Buscar o diagnóstico precoce é a principal ferramenta para aumentarmos os índices de cura em nosso país”, afirma a médica Hematologista Pediátrica, associada e diretora da SPRS, Virgínia Tavora.

O pediatra tem um papel fundamental na detecção e no encaminhamento dos casos suspeitos de câncer infantil. Por estar em contato constante com as crianças e suas famílias, ele pode identificar os sinais precoces da doença e direcionar os pacientes para uma avaliação mais detalhada com um oncologista pediátrico. Além disso, o pediatra também pode ajudar no acompanhamento dos pacientes durante o tratamento e no cuidado das sequelas após a cura.

O tratamento do câncer infantil envolve diversas modalidades, como cirurgia, quimioterapia, radioterapia, entre outras. O objetivo é eliminar as células cancerosas e preservar ao máximo a qualidade de vida da criança. Para isso, é importante que o tratamento seja realizado em um centro especializado em oncologia pediátrica, com uma equipe multidisciplinar que possa oferecer todo o suporte necessário para o paciente e sua família.
 

Redação: Marcelo Matusiak
PlayPress Assessoria de Imprensa