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Como prevenir e o que fazer em acidentes com animais peçonhentos em crianças


Acidentes com animais peçonhentos são a segunda causa de atendimento toxicológico no Rio Grande do Sul, atrás apenas das intoxicações medicamentosas. Em 2019, o Centro de Informação Toxicológica (CIT-RS) registrou 7.922 casos envolvendo esses acidentes com seres humanos no estado, sendo que 1.335 estavam relacionados com crianças de 0 a 14 anos.

“O animal peçonhento é aquele que possui veneno e apresenta uma estrutura para inocular veneno. No Rio Grande do Sul, os acidentes com esses animais são mais frequentes no verão”, explica a médica pediatra Luciana Barcellos, responsável técnica da UTI de Trauma Pediátrico do Hospital de Pronto Socorro, em Porto Alegre.

De acordo com ela, os acidentes mais comuns no estado envolvem os seguintes animais: água-viva, caravela, aranha marrom, aranha armadeira, aranha de jardim, escorpião-preto, lagarta (gênero lonomia), serpente (jararaca), cruzeira, coral verdadeira e cascavel.

Em caso de acidente, a médica orienta que a vítima seja levada de imediato para atendimento médico, onde o máximo de informações possíveis sobre o animal devem ser passadas ao profissional da saúde. Se possível e com segurança, é indicado coletar o animal peçonhento e levar ao serviço de saúde para ser identificado.

Outras medidas são: lavar o local da picada com água e sabão (sem atrasar a ida ao atendimento médico), manter a vítima sentada ou deitada para não favorecer a circulação do veneno e manter perna ou braço picado em elevação. Além disso, é aconselhável comunicar o CIT-RS pelo telefone 0800 721 3000.

Luciana reforça também o que não se deve fazer em caso de acidentes com animais peçonhentos:

- Não amarrar o local da picada (garrote).
- Não cortar o local da ferida.
- Não aplicar pomadas, folhas, etc.
- Não dar bebida alcoólica ou cigarro para a vítima.


Como prevenir:

– Uso de botas e perneiras ao andar no campo ou mata.
– Luvas de raspa de couro com mangas longas quando estiver trabalhando em jardins.
– Evitar plantas densas em paredes próximas das casas.
– Rebocar paredes (evitar frestas).
– Vedar soleira das portas.
– Usar tela em janelas.
– Evitar contato com lagartas (observar folhas roídas).

 
 

Redação: Julian Schumacher
PlayPress Assessoria de Imprensa
 

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