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Olhar deve ser atento para combater a anemia entre gestantes e bebês


O momento de distanciamento social pode ser útil para uma reflexão sobre os hábitos alimentares, e um dos aspectos importantes é ficar atento à quantidade de ferro que é consumida, especialmente quando se trata de gestantes e bebês. Os dados mais recentes no Brasil mostram que a anemia atinge cerca de 20 a 30% das crianças. Há variações conforme a região do país, e a causa mais frequente é a anemia pela deficiência por ferro. Por conta disso, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) reforça a importância dos pais estarem atentos a isso.

“A anemia é um problema global que exige atenção desde o pré-natal com a gestante, durante o aleitamento materno e na alimentação complementar fortificada com o devido acompanhamento pediátrico. Além disso, promover o aleitamento materno exclusivo é importantíssimo e quando este não for possível, o uso adequado de fórmulas para lactantes e não o leite de vaca”, explica o médico nutrólogo pediátrico e diretor da SPRS, Matias Epifanio.

O efeito da anemia acontece no crescimento, podendo comprometer o desenvolvimento cerebral. Outros fatores são relacionados com habilidades cognitivas, capacidade motora e aspectos comportamentais. Em 2018, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou uma diretriz sobre o consenso considerando mais que uma doença, uma urgência médica.

No Brasil os dados relacionados a anemia variam muito pelos aspectos regionais, mas a maior parte dos casos concentra-se em crianças menores de 3 anos e gestantes. O conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS) para anemia é quando ocorre um desvio dois numerais abaixo do esperado, dos níveis de hemoglobina circulante no sangue. Os parâmetros são determinados conforme a idade e outros fatores como sexo, gestação, altitude, entre outros.

“A avaliação clínica em muitos casos não é suficiente. Às vezes para uma detecção precoce é preciso um olhar da evolução da criança desde o pré-natal, alimentos complementares, vínculo de aleitamento materno, entre outros aspectos”, finaliza Matias.

O consenso sugere que todo recém-nascido a termo de peso adequado deve receber, do 3° mês até os 24 meses de vida, a suplementação de 1 mg de ferro elementar por quilo a cada dia. Há diferenciações se o bebê nasceu abaixo do peso ou prematuro, sendo indispensável a consulta ao pediatra para o correto acompanhamento.

As carnes e alguns órgãos, como fígado, apresentam alta densidade e biodisponibilidade de ferro. Alguns vegetais também apresentam quantidades razoáveis de ferro, porém sua biodisponibilidade pode ser menor. Os elevados requerimentos fisiológicos de ferro na primeira infância tornam a criança especialmente vulnerável à anemia por deficiência de ferro durante os dois primeiros anos de vida. Neste sentido, atenção especial deve ser dada ao período de amamentação e à posterior fase de introdução de alimentos complementares, quando deverá ocorrer a introdução oportuna, correta e apropriada dos alimentos ricos em ferro.

Redação: Marcelo Matusiak
PlayPress Assessoria de Imprensa

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