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Desafios de queda: brincadeira perigosa pode causar sérias lesões e até morte de crianças e adolescentes


Uma perigosa “pegadinha” entre adolescentes está viralizando nas redes sociais. O “desafio de queda”, também chamada de “roleta russa humana” ou “quebra-crânio”, é uma brincadeira em que uma dupla convence uma terceira a dar um pequeno salto e, com ela ainda no ar, aplicam uma rasteira, derrubando a pessoa violentamente contra o solo.

Esta arriscada brincadeira já ocasionou a morte de uma adolescente de 16 anos no Rio Grande do Norte, que não resistiu a ferimentos na cabeça.

Preocupada com a disseminação desta prática que expõe crianças e adolescentes ao risco de lesões permanentes e até de morte, a diretoria da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) lançou nota conclamando a todos para prevenir e evitar este tipo de situação que oferece risco à saúde das crianças e adolescentes.

Acompanhe a manifestação da SPRS:


“O traumatismo cranioencefálico (TCE) é considerado uma das principais causas de morte e incapacidade em todo mundo. No Brasil, estima-se que mais de um milhão de pessoas vivam com sequelas neurológicas decorrentes de TCE.

Vídeos recentemente viralizados em mídias sociais apontam duas brincadeiras que podem incrementar, ainda mais, as estatísticas já tão alarmantes e com ramificações para outras áreas do cuidado (lesões raquimedulares, de membros, de bacia ou de órgãos internos). Os chamados desafios de queda ('roleta russa humana' ou 'quebra-crânio'), merecem nosso repúdio e intervenção.

Amigo não é aquele que derruba, nem tão pouco aquele que apenas ajuda a levantar, como também circulou pelas redes sociais como contraponto à infeliz iniciativa disfarçada de brincadeira. Amigo real é aquele que não deixa cair! Como Sociedade este é o nosso papel. Informar, educar, coibir brincadeiras dissociadas de qualquer espírito lúdico, principalmente quando atreladas a risco para nossas crianças.

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul se solidariza com todos aqueles que manifestaram seu descontentamento. Não se trata de acidente ou fatalidade, mas da ocorrência de um evento que todos temos a obrigação de prevenir, para que nunca mais venha a se repetir. O desafio de todos nós (pediatras, pais, educadores) é garantir um crescimento sadio, pleno de brincadeiras saudáveis, alinhadas às etapas de desenvolvimento das nossas crianças.”

Diretoria da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul

 

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