Assim como acontece com os adultos, o sono infantil pode ser um momento no qual ocorrem uma série de eventos que podem ser prejudiciais à saúde dos pequenos. Por vezes considerado como algo “normal”, o ronco durante o sono pode ser o sinal de uma série de alterações na dinâmica respiratória da criança.
- Há anos a Academia Americana de Pediatria já recomenda que o questionamento sobre a presença de ronco noturno deva fazer parte da consulta de puericultura - comenta a médica pediatra e presidente do Comitê de Pneumologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Magali Lumertz, pneumologista infantil e especialista em Medicina do Sono.
Quando ocorre uma resposta afirmativa e/ou da presença de sinais ou sintomas sugestivos de apneia obstrutiva do sono, o paciente deve ser encaminhado para uma avaliação mais acurada. A síndrome da apneia obstrutiva (SAOS) ocorre quando há uma dificuldade na passagem de ar pela via aérea superior associada a achados como ronco habitual, engasgos noturnos, alteração de comportamento diurno e enurese.
- Hoje já se sabe que não só a SAOS, mas também o ronco primário (aquele não associado à SAOS) podem impactar de modo negativo no desenvolvimento da criança, prejudicando seu desempenho escolar ou expondo-a a maior risco de acidentes, por exemplo – completa.
Estão associados como fatores de risco a presença de hipertrofia tonsilar, de sobrepeso/obesidade e de dismorfias craniofaciais.
A “Semana do Sono”, que este ano ocorreu de 11 a 17 de março, sempre é um momento de reflexão para este ato que ocorre rotineiramente na vida de muitos pacientes, e que é por vezes negligenciado.
Redação: Marcelo Matusiak
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