O sistema digestivo tem mais de mil tipos de bactérias próprias, que conhecemos como microbiota ou flora intestinal. Esse componente do nosso corpo piora na doença, e melhora na condição de boa saúde. O que é tema de debate, na atualidade, é a teoria de que há uma perda progressiva dessa microbiota. Isso vem aumentando de geração em geração ao longo dos últimos anos e o que se observa é não só a perda do número de bactérias pertencentes à microbiota não patogênica, mas também uma menor diversidade.
- As crianças estão menos expostas, e isso está por trás das alergias em geral e das alergias alimentares. Sabe-se que pelo menos 80% do risco das doenças crônicas não transmissíveis estão ligadas aos primeiros mil dias da criança e as condições de nascimento, alimentação, tipo de parto e leite materno. Por isso, esse período é tão importante – explica a pediatra e presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Cristina Targa Ferreira.
A ação dos médicos pode dar-se de forma pontual e direta, por exemplo, com iniciativas que incentivem uma redução no número de partos do tipo cesárea, prescrevendo menos antibióticos e dando menos antiácidos, que comprovadamente diminuem a diversidade da microbiota. Além disso, a orientação aos pais é voltar às raízes do passado.
- Temos que aconselhar não tanta limpeza. Uma criança precisa ir até uma fazenda e colocar a mão no chão, nos animais, porque parece que a limpeza demais e a industrialização excessiva estão acabando com a microbiota – completa a médica Cristina.
Alimentos naturais, integrais e o mais próximo possível da natureza são aliados das bactérias saudáveis. Por outro lado, os industrializados e os famosos fast foods são aliados das bactérias consideradas nocivas. Ter uma alimentação saudável e rica em fibras é muito importante para manter a microbiota saudável.
Redação e foto: Marcelo Matusiak
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