O recém-nascido, pela natureza humana, tem o corpo frágil. Quando cresce, torna-se ativo e muitas vezes sujeito a uma série de pequenos ou graves acidentes que preocupam pais e médicos. Por essas razões, aulas presentes na programação do XI Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria foram relacionadas a emergências e traumatologia.
Na primeira atividade do dia, o médico especializado em neurologia geral e pediátrica, André Bedin, falou sobre trauma crânio-encefálico, ressaltando a importância de o médico transmitir orientações claras e adequadas ao paciente no pós-atendimento.
- Entre os possíveis sintomas, estão sonolência; náusea; vômitos; convulsões; alterações pupilares; dificuldades para mover pernas, braços e cabeça; confusão mental; tonturas e variações no pulso ou respiração. Caso algum desses sinais seja observado, o paciente deve retornar para atendimento - disse.
O tema da ortopedia pediátrica esteve presente no Espaço do Especialista, com o debate dos médicos Samuel Conrad e Sílvio Coelho.
A programação trouxe ainda temas relacionados com as diversas subespecialidades da pediatria. “Meu filho não cresce” foi alvo de debate com prós e contras do uso de hormônio de crescimento (GH) nas crianças com baixa estatura sendo analisados por Leila Cristina Pedroso de Paula e Marcia Puñales.
O manejo ambulatorial do paciente complexo foi trazido pelo médico João Ronaldo Mafalda Krauzer. O choque séptico, que ocorre quando um agente infeccioso, como bactérias, vírus ou fungo, entra na corrente sanguínea de uma pessoa, foi a pauta do painel com os palestrantes Jefferson Pedro Piva e Pedro Celiny Ramos Garcia.
Atualização no atendimento em sala de parto teve como palestrantes Marcelo Pavese Porto e Silvio Baptista. O bate-papo tratou de mudanças que estabeleceram novas diretrizes para o atendimento em sala de parto do recém-nascido. A partir disso, foi feito o convite aos profissionais para que aprofundem o conhecimento no Curso Suporte Avançado de Vida em Pediatria - PALS (Pediatric Advanced Life Support). O objetivo é capacitar médicos e profissionais da enfermagem para o atendimento de crianças vítimas de trauma ou de situações agudas. As atividades ocorrem a partir de 26 de maio. O calendário completo pode ser conferido no site sprs.com.br.
Durante a tarde, a programação contou com dicas práticas sobre febre sem sinais localizatórios, apresentada por Denise Leite Chaves e João Carlos Batista Santana. No encerramento, os médicos Cristina Targa Ferreira e Matias Epifanio debateram os prós e contras do uso de probióticos.
O presidente do XI Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria, Sérgio Amantéa, ressaltou mudanças que foram feitas no formato do evento e que tiveram repercussão positiva entre os participantes.
- É o maior evento de pediatria do estado. Sempre acompanhando o funcionamento do congresso, decidimos trazer conceitos diferentes. Primeiro foi a grade de inserções teóricas reduzida. Em contrapartida, fizemos questão que em todas as atividades colocassem tempo reservado para a discussão. Se a pessoa se dispôs a tirar um tempo de atividade profissional para participar do congresso, achamos que seria injusto não ter a oportunidade de propiciar essa troca de ideias – disse.
Outras atrações do evento que iniciou na quinta-feira (17/05) foram palestras especiais, ministradas não só por pediatras e que encantaram o público. No primeiro dia do evento, Ricardo Cappra (cientista de dados, considerado um dos 10 brasileiros mais influentes do mundo) falou sobre o cenário de inovações no manejo da informação com desfechos relacionados à saúde. A médica e aventureira, Karina Oliani, contou sua experiência incrível de escalada no topo do mundo, o Everest.
Redação: Marcelo Matusiak
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Fotos: Marcelo Matusiak, Carol Brogni e Torch Coberturas Fotográficas.
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