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Dermatite na região das fraldas atinge 25% de crianças com até dois anos de idade


A irritação na pele dos bebês na região das fraldas é a causa mais comum de dermatite entre os pequenos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), 25% das crianças, até dois anos, apresentarão esta dermatose. As causas podem ser naturais, como resultado das fezes e do xixi, ou de componentes químicos de produtos de higiene e itens da composição da fralda, conforme aponta a dermatologista pediatra da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Ana Elisa Kiszewski Bau, uma das autoras do documento "Dermatite da área de fraldas - diagnóstico diferencial", lançado pela SBP, em novembro.

- A dermatite causada pela composição das fraldas é uma situação específica e não muito frequente. O bebê pode ter uma irritação ou alergia ao corante da fralda, principalmente verde e azul, ao elástico ou até mesmo a outros materiais utilizados em sua composição - esclarece Ana.

Dermatites SPRS

A pediatra aponta medidas preventivas para a dermatite de fraldas. Os pais devem evitar o uso frequente de lenço umedecido e de sabonetes alcalinos; procurar não friccionar a área; usar algodão com água morna para a limpeza e pomada preventiva de barreira, com óxido de zinco, nas trocas. Se a assadura surgir, os cuidados devem ser intensificados, assim como as trocas de fraldas devem ser mais frequentes.

O choro e a irritação dos bebês são os principais sinais que demonstram o incômodo que a dermatite causa. No entanto, dermatoses graves podem produzir sangramento, dor e infecções. A orientação da dermatologista pediatra é que os pais procurem ajuda médica sempre que identificarem que a assadura não melhora com os cuidados citados anteriormente e, se possível, antes que ela se agrave. Caso a assadura persista por mais de sete dias, o pediatra deve ser consultado, além disso, o profissional deverá ser procurado em casos mais resistentes.

Como autora do documento lançado pela SBP, Ana acredita que a publicação auxiliará os pediatras com um problema comum no dia a dia do consultório. Ainda de acordo com a médica, o documento passa as informações de forma objetiva e descomplicada, alertando para os possíveis diagnósticos diferenciais de lesões na região das fraldas.
 

Redação: Francine Malessa
Foto: Ana Meinhardt
PlayPress Assessoria de Imprensa
 

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