Uma das maiores preocupações do momento para os pais, é a tosse. Basta virar o tempo e os bebês e crianças já começam a tossir. Segundo o médico pediatra pneumologista da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Sérgio Luis Amantea, a tosse na infância é uma situação muito comum, sendo as infeções respiratórias virais (resfriado comum, popularmente chamadas de viroses) a causa mais frequente. Nos primeiros anos de vida, principalmente em crianças já em creche ou escolinha, infecções respiratórias virais (resfriado comum) podem ocorrer várias vezes. A boa notícia para os pais é que essa frequência vai diminuindo com o passar dos anos.
- As populares viroses (resfriado comum), além de muito comuns, são de fácil diagnóstico pelo pediatra. É importante sempre estar atento a outras situações que podem confundir ou acompanhar estas viroses, como infeções bacterianas (otites, pneumonias, sinusites), que merecem maior cuidado no acompanhamento, e necessitam de tratamento específico (antibiótico). Além disso, cabe destacar que um quadro viral respiratório pode apresentar tosse entre 5 dias e até 4-6 semanas, conforme o vírus ou a característica de resposta imunológica da criança - afirma o médico.
As alergias respiratórias (rinite alérgica e asma), quando não diagnosticadas e tratadas adequadamente, são outra frequente causa de tosse . Menos comuns, mas não menos importantes, gripe (infecção pelo influenza), bronquiolite, pneumonia, refluxo gastro-esofágico, coqueluche, sinusite, corpo estranho, além de várias outras causas mais raras, devem ser sempre avaliadas pelo médico.
O medo de que a tosse não tratada irá evoluir para pneumonia é um mito popular. Tosses com duração de até 3-4 semanas são comuns por viroses. Mais ainda, 2-3 meses de tosse podem com frequência estar relacionada a resfriados de repetição, principalmente em crianças que já estão em creche ou escolinha. Cabe ao médico da criança, fazer o correto diagnóstico e tranquilizar os pais.
Episódios curtos, leves e isolados de tosse, muitas vezes acompanhados de sintomas nasais, sem nenhuma outra manifestação (febre, mal estar, vômitos, etc.) podem ser manejados sem a necessidade de uma consulta médica em crianças maiores. No entanto, se houver dúvida ou qualquer insegurança pelos pais, a melhor conduta é sempre levar para consultar com seu pediatra. Sintomas agudos de febre (> 38°C), mal estar, vômitos, falta de ar, choro intenso na criança menor, ou dor são motivos imediatos de avaliação pelo seu médico. Além disso, toda tosse com duração de mais de 10 dias, mesmo que não intensa, merece avaliação do pediatra.
Redação: Marcelo Matusiak
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