Quando uma criança de 1 ano e 5 meses ainda não começou a caminhar, muitos pais pensam que o atraso é normal, pois cada criança tem seu tempo. Porém, a demora nesta fase do desenvolvimento pode significar algum atraso mais sério. De acordo com o pediatra do Comitê de Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade de Pediatria do RS (SPRS), Renato Santos Coelho, o normal é que os pequenos comecem a andar entre os 11 meses e 1 ano e 3 meses.
- Precisamos conhecer o desenvolvimento normal das crianças para poder enxergar quando algo está errado. Temos que ser críticos com as questões do desenvolvimento. Não podemos aceitar a desculpa de que cada criança tem seu tempo para explicar os distúrbios. É claro que cada criança tem seu tempo, mas sempre dentro da normalidade. Para caminhar, por exemplo, o ideal é que seja entre 11 meses e 1 ano e 3 meses - destaca Renato Santos Coelho.
O assunto foi tratado no primeiro dia do IX Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria, organizado pela Sociedade de Pediatria do RS (SPRS). Considerado o maior encontro de pediatras do sul do país, o evento ocorre até sábado (04/06), no Centro de Eventos da PUCRS. Outro assunto tratado durante o curso de Desenvolvimento e Comportamento foi a explicação de como utilizar elementos da rotina da criança para perceber atrasos no desenvolvimento da criança, como na fala, por exemplo.
- A linguagem é um dos elementos mais importantes para analisar e acompanhar. A fala é uma das maneiras de linguagem, mas existem outras, como gestual, comporal, vestimentas e a mímica fácil, por exemplo. Precisamos saber medir a capacidade da criança de se comunicar. Para isso, uma das formas mais recomendadas é buscar elementos da sua rotina, como filmes, desenhos e brincadeiras - relata o pediatra da Sociedade de Pediatria do RS, Ricardo Sukiennik.
O curso de Desenvolvimento e Comportamento foi coordenado pelo pediatra Ricardo Halpern. Outro destaque do dia foi o curso de Emergências Pediátricas, com a coordenação da pediatra Helena Müller. Em uma das aulas desta atualização, Ana Paula Pereira da Silva falou sobre reanimação cardiorrespiratória.
- Os pediatras podem ser considerados em instalações em que crianças com doenças de alto risco são atendidas em unidades gerais de internação. Nosso desafio é que a cadeia de sobrevivência seja dominada por todos os profissionais da saúde para que possamos melhorar os desfechos de parada cardiorrespiratória - enfatiza Ana Paula Pereira da Silva.
A nova puericultura foi um dos assuntos tratados pelo curso de Puericultura, que teve a coordenação do pediatra Erico José Faustini.
- Quando falamos em nova puericultura, estamos falando sobre a mudança do meio em que vive a criança com os reflexos sobre a sua saúde. Além dos novos conhecimentos que relacionam fatores encontrados na infância com a saúde adulta. Temos um desafio, como pediatras, em relação a nossa atuação como puericultor, devido aos novos cenários de prática e novos conhecimentos incorporados à essa prática - ressalta Erico José Faustini.
O curso de Endocrinologia Pediátrica foi coordenado por Fabíola Costenaro. A pediatra Fabíola Satler fez uma atualização em "Pubarca Precoce". Já o curso de Otoscopia teve a coordenação da pediatra Berenice Dias Ramos. Durante as aulas da manhã, foram realizados treinamentos e demonstrações sobre o uso de equipamentos.
A abertura oficial do IX Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria ocorre a partir das 8h de quinta-feira (02/06), no Centro de Eventos da PUCRS. Outras informações podem ser obtidas no site www.gauchopediatria.com.br.
Redação e fotos: Mariana da Rosa
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