Boatos espalhados pelas redes sociais estão assustando muitos pais sobre os perigos do Zika Vírus, quando em contato com crianças de até sete anos. Porém, de acordo com a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, não existem confirmações científicas que comprovem isto. Segundo o membro do Comitê de Infectologia da SPRS, Juarez Cunha, até o momento, não existe nenhuma evidência de outras alterações neurológicas em crianças, além da microcefalia. O pediatra salienta que a microcefalia pode ocorrer quando o vírus acomete o feto de uma mulher que apresente a doença enquanto estiver grávida.
- Não se tem nenhuma informação científica que ligue outros problemas neurológicos em crianças maiores com o Zika Vírus. Em adultos, há relato de uma doença chamada Síndrome de Guillain-Barré, uma doença neurológica que se apresenta com diminuição de força, que está ligada a infecções virais, sendo um deles o Zika. Nas crianças, a única com comprovação que se tem até agora é a microcefalia, que ocorre quando o vírus acomete o feto de uma gestante que desenvolva a doença. Repito: até o momento, a única comprovação científica é que o Zika Vírus está associado na infância com uma anomalia congênita, que é chamada de microcefalia. Não tem nenhuma outra alteração em quadro - explica Juarez Cunha.
O pediatra destaca que as informações sobre a microcefalia associada à infecção pelo Zika Vírus são muito recentes. Portanto, será observado, a partir de agora, a evolução da doença no país. Cunha lembra ainda que, há poucos meses, o Zika nem era tido como um causador de microcefalia. A orientação, por enquanto, é que as gestantes utilizem repelentes e a população cuide para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Redação: Mariana da Rosa
PlayPress Assessoria de Imprensa
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