Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul aproveita o "Dia Mundial da Luta Contra o Fumo", comemorado em 31 de maio, para alertar os pais sobre os malefícios do hábito de fumar próximo às crianças.

"Bebês pequenos expostos ao cigarro têm um risco maior de morte súbita sem causa aparente se comparados aos que não convivem com fumantes". A afirmação é do presidente do Comitê de Pneumologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Leonardo Araújo Pinto. O pediatra destaca ainda que conviver com pessoas que fumam pode causar problemas respiratórios nas crianças.

- A criança que convive com fumantes tem um risco maior de desenvolver doenças respiratórias no primeiro ano de vida, como, por exemplo, a bronquiolite. O risco é ainda maior se existir mais de um fumante em casa. Além disso, bebês pequenos têm um risco maior, quando expostos, de morrerem subitamente sem causa aparente, a chamada Síndrome da Morte Súbita do Lactente - ressalta Leonardo Araújo Pinto.

A presença de um fumante nos primeiros doze meses de vida da criança aumenta a ocorrência de resfriados e otites. Outro risco é de desenvolverem pneumonia, asma ou bronquite. Porém, o risco com o contato com o cigarro pode ocorrer antes mesmo do nascimento. Segundo a professora de obstetrícia da UFRGS, Janete Vettorazzi, o fumo durante a gestação amplia as chances do bebê nascer prematuro e menor que o tamanho ideal.

- Quando a mulher fuma durante a gravidez, corre o risco de descolamento da placenta. Além disso, para cada cigarro fumado, o bebê perde de 10 a 15 gramas no nascimento. Estudos também comprovam que o tabagismo aumenta a taxa de nascimentos prematuros - aponta a obstetra, membro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Sul (SOGIRGS).

Para as mulheres que fumam e sonham com a gestação, Janete Vettorazzi avisa que o hábito de fumar pode diminuir as chances de engravidar. O "Dia Mundial da Luta Contra o Fumo" é celebrado em 31 de maio. A data é de conscientização sobre os malefícios do cigarro para a saúde. No Brasil, cerca de 15,6% da população é fumante. Apesar de alto, o índice está bem abaixo dos 35% de usuários de cigarros no país em pesquisas de 1989.
 

Redação: Mariana da Rosa
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