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Cólica: um problema inevitável, mas que pode ser amenizado

Os primeiros meses de vida do bebê não costumam ser tranquilos, mas com alguns cuidados é possível torná-lo mais agradável para a mãe e para o bebê. Trata-se de um período de adaptação com novos ambientes, cheiros, alimentos, pessoas, objetos e outras descobertas. Além de todo o universo desconhecido, o organismo do bebê está terminando de se desenvolver, especialmente seu aparelho digestivo. A principal consequência, são as cólicas. Ela aparece na segunda semana de vida e desaparece espontaneamente até o quarto mês. Mas até passar, os pais precisam prestar atenção aos sinais do recém-nascido indicando que está sentindo dores.

- O choro tem início súbito. Sem causa aparente o bebê parece sentir dor (se contorce), fica inconsolável e após o episódio pode eliminar gases. Geralmente ocorre no final da tarde e ao anoitecer - disse a médica pediatra e Presidente do Comitê de Pediatria Ambulatorial e Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Roseli Kripka.

Medicamentos podem ser eficientes, mas é indispensável consultar antes o pediatra.

- Embora algumas medicações sejam efetivas na redução dos sintomas, seus riscos superam seus benefícios, tendo em vista que a cólica tem evolução autolimitada - explica a médica.

Chorar é o principal meio de comunicação do bebê para expressar que está desconfortável ou com dor. É considerado um bebê saudável chorar em média 2 horas e 45 minutos por dia por causa da cólica, mais do que isso, outro problema pode estar acontecendo.

A causa da cólica ainda não é definida. As principais hipóteses são a alteração dos movimentos intestinais, quando o intestino está começando a produzir movimentos de maneira autônoma. Também podem estar presentes fatores familiares, quando os pais passam para o bebê sentimentos como ansiedade, estresse, insegurança e depressão. Para aliviar a cólica não é necessário apenas medicamentos. Muitas vezes, um simples colo de mãe pode resolver, mas caso contrário, as massagens podem dar ótimos resultados.

- Uma intervenção alternativa como a Shantala, massagem indiana, pode ter efeito benéfico para o bebê e também para a mãe - afirma Roseli Kripka.

Para realizar a massagem é necessário criar um ambiente aquecido e calmo. A criança posicionada na cama ou no trocador. Primeiro começa massageando suavemente o rosto do bebê. Logo após, utilizando óleo infantil, deve-se massagear o peito, braços e mãos. Para ajudar na eliminação de gases, devem ser feitos movimentos circulares na barriga. Um pouco de "ginástica" pode também contribuir e melhorar as articulações como cruzar levemente os braços sobre o peito e em seguida cruzar também as pernas sobre a barriga do bebê.

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