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Sociedade de Pediatria alerta para redução do número de leitos hospitalares no Rio Grande do Sul

Os leitos pediátricos são caros, mas imprescindíveis. A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul preocupa-se com a extinção de 762 leitos hospitalares destinados as crianças gaúchas, apontado por um estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM). A falta de investimento na saúde obriga diversos pacientes a permanecerem internados nas salas de emergências, expostos a infecções, com a privacidade e visita dos familiares restrita.

De acordo com o CFM, as vagas diminuíram em 10% no estado, apresentando a redução de 2,5 mil vagas no total. Os pediatras gaúchos torcem pela inversão deste quadro o mais rápido possível, com a aplicação de políticas públicas realmente preocupadas com a saúde brasileira.

As doenças atuais são mais complexas, diferente de 30 anos atrás. Mesmo assim, hoje os prematuros sobrevivem com muito mais frequência, mas demandam maior atenção do sistema de saúde. Atualmente, cerca de 90% das crianças com câncer sobrevivem, mas necessitam de tratamentos extensos. Sendo assim, de acordo com a Sociedade de Pediatria do RS, existe um grande avanço dos conhecimentos da medicina, mas que não é tão eficiente sem recursos financeiros destinados a infraestrutura dos hospitais, para que as técnicas sejam aplicadas de forma plena.

- Os governantes dizem que a infância é uma prioridade do país, então tem que ter investimento. Não adianta fazer as coisas pela metade, que o dinheiro vai fora. É um problema muito sério, que exige investimento e a descentralização dos hospitais gaúchos. É inconcebível alguém viajar 800 quilômetros para dar a luz. Trata-se de um sistema perverso. O pediatra quer trabalhar e o hospital não tem vaga para tirar uma amígdala, e todo mundo sabe disso - reivindica o assessor da presidência da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Jefferson Piva.

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul considera que os profissionais especializados no cuidado do público infantil apresentam uma medicina de vanguarda, atualizada e equiparada aos melhores países do mundo, em termos de conhecimento. São necessários no máximo 24 horas para estabilizar um paciente em emergência, para destiná-lo ao leito hospitalar. No entanto, como não existem vagas, eles acumulam no mesmo local, que deveria ser destinado a pacientes mais complexos.

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