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Avanços no tratamento da asma infantil marcam segundo dia do Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica


O segundo dia do 18º Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica, realizado no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre, foi marcado por debates sobre os avanços no tratamento da asma infantil, uma das doenças respiratórias mais prevalentes na infância. O evento, que segue até sábado (12/04), é promovido pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em parceria com a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), reunindo especialistas nacionais e internacionais para discutir as mais recentes inovações em prevenção, diagnóstico e terapias voltadas à saúde pulmonar pediátrica.

Entre os destaques esteve a discussão sobre o uso de imunobiológicos no tratamento da asma grave — forma da doença que acomete cerca de 3% dos pacientes pediátricos e que não responde aos tratamentos convencionais com medicamentos inalatórios.

“Para esses casos, os imunobiológicos — anticorpos monoclonais administrados por via injetável — têm se mostrado uma alternativa extremamente eficaz e segura. Já contamos com uma ampla gama desses medicamentos, que atuam diretamente na inflamação das vias aéreas. Apesar do alto custo, há possibilidade de acesso tanto pelo SUS quanto pelos planos de saúde, desde que haja o diagnóstico adequado e a indicação médica. Esse é, sem dúvida, um dos maiores avanços da ciência no tratamento da asma grave pediátrica na última década”, destacou o Dr. Paulo Pitrez, integrante da comissão organizadora do congresso.

18º Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica SBP SPRS
Apesar dos avanços, especialistas alertam que persistem desafios no que se refere à adesão ao tratamento básico e às medidas preventivas.

“Vivemos um momento importante, com o surgimento de vacinas e anticorpos monoclonais para infecções comuns, como o vírus sincicial respiratório, além de novas terapias para perfis específicos de pacientes asmáticos. No entanto, ainda tratamos muitos casos com as mesmas drogas de 40 anos atrás e enfrentamos resistência dos pacientes em seguir corretamente o tratamento. Isso nos obriga a dedicar parte significativa do tempo, inclusive nos congressos, a discutir adesão e reforçar condutas simples, mas de grande impacto em saúde pública”, explicou o secretário-geral do congresso, Dr. Sérgio Luis Amantéa.

A programação do dia também incluiu debates sobre infecções virais, uso de azitromicina em pré-escolares, manejo da doença pulmonar neonatal, oxigenioterapia e apresentação de temas livres orais.

A programação internacional foi outro ponto alto, com palestras de especialistas como Erick Forno (EUA), que abordou a integração da genômica à prática clínica na pneumologia pediátrica, e Mauricio Tomas Caballero (Argentina), que falou sobre a previsão da displasia broncopulmonar em prematuros. Uma sessão especial sobre tuberculose pediátrica, com apoio do Ministério da Saúde, trouxe um panorama global e atualizações no diagnóstico, tratamento e prevenção da doença. À tarde, o infectologista Quique Bassat (Espanha) participou de duas conferências sobre pneumonia infantil, abordando marcadores de gravidade e estudos post-mortem.

A programação continua na manhã de sábado. A grade completa pode ser conferida em www.sbp.com.br/especiais/eventos/18o-congresso-brasileiro-de-pneumologia-pediatrica/

 

Redação e fotos: Marcelo Matusiak
PlayPress Assessoria de Imprensa
 

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