O segundo dia do XII Alergoped Gaúcho – Simpósio Gaúcho de Alergia, Imunologia e Reumatologia Pediátrica, promovido pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), ressaltou questões essenciais para a saúde infantil, com foco em alergias e doenças imunológicas. Realizado no Auditório do Edifício JBZ, o encontro reuniu especialistas para discutir temas práticos e atuais, com impacto direto na qualidade de vida de crianças e suas famílias. O presidente do XII Alergoped Gaúcho, Hélio Miguel Simão, destacou a relevância do evento que já faz parte do calendário científico da Pediatria do Rio Grande do Sul, realizado anualmente de forma ininterrupta. Ao longo dos anos, contou com duas edições no interior do estado, em Passo Fundo e Caxias do Sul, além de três edições interestaduais, em parceria com o Alergosul. Durante a pandemia, o evento se adaptou e realizou duas edições online, mantendo sua continuidade e relevância.
“O objetivo foi abordar os assuntos mais prevalentes no dia a dia do pediatra, trazendo conteúdos de impacto direto para a prática clínica. Assim, discutimos temas como asma, rinite, dermatite atópica e alergia alimentar, sempre com dados atualizados e baseados em artigos científicos recentes”, disse.
A programação iniciou-se com o painel Interface Imunologia-Alergologia-Reumatologia, moderado pela Dra. Joana Mattioni Ourique Monteiro. A Dra. Regina Sumiko Watanabe Di Gesu abordou infecções recorrentes em crianças, seguida pela Dra. Helena Fleck Velasco, que discutiu a investigação de erros inatos da imunidade. O tema das vasculites foi apresentado pela Dra. Luana Ribeiro Carlos, enquanto a Dra. Juliana Russo Simon encerrou o bloco com o diagnóstico diferencial de dores articulares não traumáticas. O Simpósio SANOFI destacou as abordagens mais recentes sobre dermatite atópica e asma infantil, com o Dr. Renan Augusto Pereira explicando a inflamação tipo 2.
No painel Interface Alergologia-Gastroenterologia, moderado pelo Dr. Rodolfo Tome Soveral, o Dr. Renan Augusto Pereira falou sobre o diagnóstico da alergia à proteína do leite de vaca (APLV), enquanto o Dr. Hélio Miguel Lopes Simão apresentou estratégias de tratamento. O Dr. José Vicente Noronha Spolidoro abordou a esofagite eosinofílica, destacando alternativas dietéticas para tratar a condição.
“A terapia dietética na esofagite eosinofílica é uma estratégia eficaz que pode alcançar altas taxas de remissão, permitindo ajustes personalizados com base nas necessidades do paciente”, afirmou o Dr. José Spolidoro.
A Dra. Laiane Karenine B. Fernandes Capistrano apresentou as dietas antifermentativas para intolerância à lactose, esclarecendo sintomas e estratégias de manejo.
“A intolerância à lactose resulta da deficiência da enzima lactase, causando sintomas como dor abdominal, flatulência e diarreia”, explicou a Dra. Laiane Capistrano.
Alimentação inclusiva e o olhar para o paciente
O evento também destacou histórias de inclusão alimentar, com Jade de Barros Dal Bó relatando a trajetória da Bauí Confeitaria Inclusiva
“Produzimos doces sem glúten, leite, soja e ovo, garantindo segurança alimentar para alérgicos e promovendo momentos especiais de inclusão”, disse Jade.
A nutricionista e química Fabiana Magnabosco encerrou com a Jornada do Celíaco, abordando o impacto do diagnóstico e a importância da inclusão social para pessoas com essa condição autoimune.
Redação e fotos: Marcelo Matusiak
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