Em mais uma mesa-redonda do XVI Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria, promovido pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, foi debatido o tema “Doenças Infecciosas Ressurgentes: quando suspeitar de: leishmaniose, esporotricose e a leptospirose’’. Conduzida pelo médico Derrick Alexandre Fassbind, especialista em emergência pediátrica, a atividade abordou a suspeita, o diagnóstico, o tratamento e a transmissão das doenças infecciosas.

A leptospirose obteve grande número de casos durante 2023 e 2024 devido à maior ocorrência de tempestades e enchentes, já que a doença é transmitida através do contato com a urina de roedores. Durante a fase precoce da doença, que dura até o sétimo dia, há maior dificuldade em identificar sintomas nas crianças, o que dificulta o diagnóstico. Porém, durante a fase tardia, a partir do sétimo dia, surgem sintomas mais característicos, sendo necessária atenção para o quadro da criança.

A leishmaniose traz grande risco para as crianças, principalmente menores de 5 anos, pois, caso a doença se torne uma infecção bacteriana, há grande chance de levar a óbito.

“Nas crianças, é preciso ter muita atenção para a doença, porque é mais difícil de identificar caso ela evolua para uma infecção bacteriana, além dela evoluir para esse quadro mais facilmente que leva a óbito em 90% dos casos’’, afirma o médico.

A esporotricose, diferente das outras doenças, que precisam de diagnóstico e tratamento de forma mais rápida, pelos altos índices de mortalidade, pode ser tratada com mais calma. O paciente pode ser encaminhado para um dermatologista ou cirurgião para realizar uma biópsia da micose causada por um fungo e após, dar continuidade ao tratamento.

Redação e foto: Marcelo Roxo Matusiak
PlayPress Assessoria de Imprensa