O Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria, encontro anual da SPRS em sua XVI edição, promoveu o Talk Show “Cuidados preventivos da bronquiolite’’ conduzido pelo coordenador Evandro Freddi Mulinari e pelas médicas Camila Machado e Isabel Cristina Ferreira. A conversa abordou a importância de estar atento aos sinais que as crianças podem apresentar e que podem levar à suspeita de bronquiolite, como desidratação, apneia e se não aceita ingerir nada via oral. Assim, caso os sintomas sejam percebidos, é necessário procurar assistência médica, porém, é preciso estar atento para escolher o momento certo.

“Antes da criança conseguir realizar a sua avaliação, ela precisa ficar várias horas em uma emergência lotada esperando pelo atendimento e estando suscetível ao desenvolvimento de outros problemas respiratórios devido à eventual superlotação do local. Então é importante escolher o momento certo, e seria melhor que houvesse uma forma de gerenciar encaixes de consultas para esses pacientes’’, afirma Evandro.

Dermatite atópica

A miniconferência “Dermatite atópica: novidades no manejo’’ foi coordenada por Tania Ressener, com palestra de Helena Fleck Velasco, que abordou os critérios diagnósticos e os tratamentos utilizados.

A dermatite atópica é uma doença causada pela predisposição genética em conjunto com gatilhos ambientais. Aproximadamente 50% a 60% das crianças com a doença a desenvolvem no primeiro ano de vida, enquanto 90% iniciam até os 5 anos. Além disso, 70% apresentam resolução até o final da infância, e 80% têm casos mais graves.

A especialista ressaltou a importância da combinação de hidratantes para melhores resultados. Em crianças, é recomendado utilizar de 100 a 150 gramas de hidratante por semana, de 3 a 4 vezes por dia, e em adolescentes, de 100 a 300 gramas no mesmo período. Em momentos de crise, é mais indicado a utilização de bálsamo, já em intercrises recomenda-se o uso de loções.

“A hidratação é algo realmente muito importante de ser realizada, independente de qual tipo e da gravidade, além de utilizar as medicações tópicas pelo menor tempo possível, como o corticoide, e na menor área possível, para evitar efeitos colaterais”, pontuou a médica.

Redação: Marcelo Roxo Matusiak
PlayPress Assessoria de Imprensa
Fotos: Marcelo Matusiak e Marcos Matte