O crescimento de uma criança é acompanhado de perto por todos na família e pode ser um elemento importante para avaliação da saúde dos pequenos. O quanto a criança está crescendo depende de fatores que podem ser genéticos. Porém há também elementos ambientais e um dos mais importantes é a alimentação. O assunto foi abordado recentemente pela médica pediatra do Centre Universitaire de Santé McGill, no Canadá, e do L´Hôpital de Montréal pour Enfants, Ana Maria Guilhó de Araújo Sant´Anna, do Canadá.

- É importante determinar logo de início se há uma baixa ingestão de calorias. É preciso classificar se, realmente, a criança está mal nutrida explicando isso para os pais. Muitas vezes existe a queixa de que a criança não se alimenta bem, mas conseguimos mostrar através do gráfico de crescimento que isso pode não ser verdade - explica.

Além da baixa ingestão de alimentos existem fatores que podem ser agravantes como uma diarreia crônica ou vômitos frequentes. Há também casos mais graves de aumento de demanda de calorias em função de doenças crônicas cardíacas, renais ou hipertireoidismo.

Um dos desafios hoje é mostrar aos pais que o uso de estimulantes de apetite é seguro, desde que numa população pediátrica normal, ou seja, sem nenhuma doença de base. É comum a preocupação enorme em usar o estimulante de apetite por causa do medo da obesidade infantil. Porém, não há nenhum dado na literatura atual que prove isso, desde que usado sob supervisão médica - completou a médica.

O assunto esteve em pauta no V Congresso de Atualização em Pediatria foi realizado no Centro de Eventos da PUC, em Porto Alegre, entre os dias 28 e 30 de junho. Mais de mil médicos participaram do evento que contou com autoridades nacionais e internacionais na medicina.