A cobertura vacinal da campanha contra a pólio que está acontecendo no Brasil é de 63% das crianças entre 1 e 5 anos, ou seja, muito abaixo da meta do Ministério da Saúde, que é de 95%. Diante deste quadro, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul recomenda que os pais atentem para a imunização dos filhos, que é totalmente gratuita e segura.
“O Brasil é considerado de alto risco de retorno de uma doença totalmente evitável com vacinas. A única estratégia que existe é a utilização de vacinas. Um dos fatores importantes que nos colocam em risco é a baixa cobertura vacinal. É uma doença muito séria e que deixa muitas complicações. O recado é de alerta para população", afirmou o médico e membro do Comitê de Infectologia da SPRS, Juarez Cunha.
A campanha incentiva a vacinação em crianças de um a quatro anos, independente da situação vacinal.
"É preciso estimular que os pais levem os filhos para vacinação, não importando se estão ou não com o calendário em dia. É fundamental que vá até o posto de saúde e verifique tudo que precisa ser regularizado. Não deixem de ir. É preciso combater a falsa sensação de segurança que se criou em relação à pólio e, para isso, cabe ressaltar a eficácia e segurança da imunização que eliminou a doença no nosso país", acrescentou.
A vacina é injetável nas doses dos 2, 4 e 6 meses de vida do bebê. As de reforço são aplicadas com um ano e 3 meses e com quatro anos de idade, em gotas.
O Rio Grande do Sul prorrogou a campanha de vacinação contra a poliomielite e multivacinação até 22 de outubro. O Estado imunizou pouco mais de 60% do público-alvo. A extensão do prazo beneficia crianças de 1 a 4 anos contra a pólio e crianças e adolescentes menores de 15 anos que precisam atualizar a caderneta de imunização.
Redação: Marcelo Matusiak
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