A iniciativa da Secretaria Estadual da Saúde em parceria com a Secretaria Estadual da Educação e outras entidades, estabeleceu, desde o dia 31 de agosto, o início da vacinação contra COVID-19 e outras doenças nas escolas. O objetivo é reverter as baixas taxas de cobertura vacinal consideradas preocupantes pelas autoridades, entre as quais a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul. O membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria RS, Juarez Cunha, destaca a relevância dessa medida.

"Durante muito tempo, estávamos mais preocupados na repercussão que a COVID traria para outras faixas etárias. Conforme fomos avançando na vacinação, grupos não imunizados começaram a ter um peso mais importante. Por isso, o grupo de crianças e adolescentes nos preocupa bastante”, disse.

Só em 2022, até meados de agosto, os dados do MS mostram que foram mais de onze mil internações de crianças menores de cinco anos por SRAG causada por COVID, com mais de quatrocentos óbitos.

"As emergências estão lotadas de doenças respiratórias. É claro que não é só COVID. O vírus sincicial respiratório, a Influenza e outros vírus também são importantes. Então é mais uma razão para fazermos esse chamado para os pais. Se temos essa possibilidade de proteção com vacinas aprovadas por serem seguras e eficazes, em especial, para as formas mais graves e óbitos, não há por que não vacinar", salientou.

Caberá a cada município gerenciar a estrutura e calendário de vacinação. A intenção, de acordo com a secretária estadual de saúde, Arita Bergmann, é tornar as instituições de ensino protagonistas da vacinação.
 

Redação: Marcelo Matusiak
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