Uma das lições deixadas pelo Agosto Dourado, é a importância da construção de uma série de medidas que incentivem e apoiem a alimentação do bebê no peito da mãe. A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) reforça a necessidade de que governos, sistemas de saúde, locais de trabalho e comunidades estejam sempre atentos ao tema, ao longo de todo o ano.
“A campanha internacional #WBW2022 destinou-se a informar, capacitar e fortalecer a capacidade de criar e sustentar ambientes favoráveis à amamentação para as famílias. O aleitamento materno é fundamental para a implementação efetiva de estratégias de desenvolvimento sustentável, especialmente em um mundo pós-pandemia, pois melhora a nutrição, garante a segurança alimentar e reduz as desigualdades entre e dentro dos países”, comentou o médico da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), e membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria, Roberto Mário Issler.
O leite materno possui tudo de que o bebê precisa para o melhor desenvolvimento nos seus primeiros seis meses e é um alimento precioso nos anos iniciais da vida da criança, sendo um grande aliado no enfrentamento da mortalidade na infância e da desnutrição. No entanto, de acordo com dados da Unicef, no Brasil esse direito não é garantido a todas as crianças. Menos da metade das crianças (45,7%) recebe amamentação exclusiva até os 6 meses, como recomendado pelas autoridades de saúde. Além disso, 10% das crianças menores de 5 anos já estão em sobrepeso, e 18,3% em risco de sobrepeso. Os dados são do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) de 2019.
Redação: Marcelo Matusiak
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