O hábito de levar objetos à boca, em crianças com menos de 4 anos coloca essa faixa etária em um grupo com altíssimo risco de engasgos. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2018, 791 crianças de até 14 anos morreram vítimas de sufocação. Desse total, 600 tinham menos de um ano de idade.
Se for um bebê com engasgo parcial, deve-se segurá-lo no colo em posição confortável e virado para quem está segurando, e não sacudir.
"Deve-se deixar chorar ou tossir, pois significa que está respirando, e logo ligar para pedir socorro (SAMU 192 ou Bombeiros 193). Já se for um engasgo com obstrução total, de novo manter a calma é fundamental. Telefonar para o SAMU, realizar manobra de desobstrução de via aérea para bebês até 1 ano. Para crianças maiores, o movimento é outro e chama-se manobra de Heimlich”, explica.
Os objetos pequenos são os grandes responsáveis por engasgos, sejam brinquedos, botões, moedas, brincos.
“Absolutamente tudo que uma criança pequena pega, vai para a boca, portanto devemos ter enorme cuidado com o que a criança manipula. Deve-se lembrar que brinquedos adequados para crianças maiores, que sejam pequenos, tenham peças que soltem, desmontem, não são bons para crianças pequenas”, completa
Crianças menores de quatro anos estão particularmente mais vulneráveis a sufocações e engasgamentos, pois suas vias aéreas superiores (boca, garganta, esôfago e traqueia) são pequenas e, nessa fase, têm a tendência natural de colocarem objetos na boca. Ainda nessa idade, possuem pouca experiência em mastigar e engolir, e seus dentes têm proporção menor que os de adultos, o que dificulta a mastigação apropriada dos alimentos. Além disso, entre bebês, a falta de habilidade de levantar a cabeça ou livrar-se de lugares apertados coloca-os em grande risco.
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Redação: Julian Schumacher
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