É indiscutível que a pandemia causou e ainda causa impacto no desenvolvimento e comportamento infantil. Isto é uma frase afirmativa ou poderíamos colocar um ponto de interrogação no final? A reflexão será um dos norteadores do debate com moderação do médico Renato Santos Coelho e participação de Ricardo Halpern (RS) e Magda Lahorgue Nunes (RS). A sessão acontece a partir das 9h10min do dia 11 de junho durante o XIII Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria, que será realizado de forma online.
Alguns aspectos são considerados importantes no debate. Um deles é que a pandemia foi e é um fato externo, da natureza, que veio de cima para baixo, ninguém perguntou se estávamos preparados ou se queríamos. De forma abrupta, foi considerada uma pandemia, de instalação e proliferação rápida e sem conhecermos o impacto na nossa saúde. A sociedade e as famílias estavam organizadas num “modus viventis” da vida contemporânea: trabalho, creches, pré-escolas, escolas em geral, encontros sociais e viagens. A pandemia rompeu com tudo isto de forma muito brusca e sem prazo determinado para acabar.
A partir desse quadro, os médicos vão avaliar o impacto nas diferentes idades da infância: Quais os prejuízos? E em quais áreas foi mais impactante? Nos bebês? Nos lactentes? Nos escolares? Nos adolescentes?
O debate também vai considerar como foi para os pais lidar com tantas demandas que antes eram compartilhadas com outros serviços, como a escola principalmente. E se houve benefícios com a pandemia.
“Está sendo ruim esta vivência com a pandemia e não tenho dúvidas disto, mas não tenho como não pensar o quanto ela está nos fazendo refletir sobre como vínhamos vivendo, com que valores existenciais, de cuidados com as pessoas em geral e especificamente com as crianças. O isolamento social está tirando de nós humanos o que temos de mais comum entres nós: um ser social. É no convívio com o outro que aprendemos e desenvolvemos a empatia, o senso do bem comum, de evoluirmos como sociedade civilizada. O impacto deste isolamento e da privação da escola aumentou os casos de atrasos do desenvolvimento da linguagem e comunicação, com o uso excessivo e precoce de meios eletrônicos como forma de suprir a falta destes dois pontos: isolamento e privação da escola. Um impacto no desenvolvimento de habilidades cognitivas precoces por uso precoce de telas e um isolamento afetivo que vem substituindo as relações e interações humanas precoces por telas eletrônicas”, afirma o pediatra e moderador do painel, Renato Santos Coelho.
O XIII Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria é um evento oficial da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS). As palestras acontecem nos dias 11 e 12 de junho, sendo o evento realizado totalmente de forma virtual por conta das restrições impostas na prevenção da propagação da COVID-19. Outras informações podem ser obtidas através do site gauchopediatria.com.br.
Redação: Marcelo Matusiak
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