Na temporada de verão não há criança que não goste do contato com a água do mar. O benefício vai além do refresco para as altas temperaturas. A água salgada, por ser rica em diferentes sais minerais e alguns metais, ajuda a cicatrizar a pele e causa sensação de bem-estar.
Porém, alguns cuidados são indispensáveis. O diretor científico e diretor do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Marcelo Pavese Porto, destaca que quando há um ferimento na pele da criança, a água salgada não é a mais indicada.
“A água do mar não é a ideal, mas se for a que estiver disponível para, pelo menos, enxergar um ferimento, ela pode ajudar. Corte pequeno e não profundo lava-se com água e soluções antisépticas, mas o principal é usar água e sabão”, explica.
Por outro lado, o médico reforça os cuidados com as “mães d´águas”, ou águas-vivas. Nestes casos, o indicado é não lavar com água doce, e sim usar a própria água do mar.
“Quando acontecerem as queimaduras, dê preferência à água do mar. Se for uma extensão pequena pode ser usado vinagre, porém se é algo mais extenso, não adianta. Coloque água do mar e leve para o serviço de emergência para avaliação médica”, completa Marcelo.
O médico pediatra e diretor da SPRS, Sílvio Baptista, reforça que devem ser retirados com cuidados os tentáculos que por ventura ainda estejam em contato com a pele.
“É indicado usar algo pequeno, como um palito de picolé ou cartão de banco para retirar esses resíduos. É preciso lembrar de proteger a mão de quem está retirando. No caso de edemas, e/ou aparecimento de outros sintomas (dor intensa, febre, falta de ar), o paciente deverá ser levado ao atendimento médico”, explica Sílvio.
Redação: Marcelo Matusiak
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