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Cancelamento no transporte rápido do Teste do Pezinho pode prejudicar atendimento ao recém-nascido


A notícia do cancelamento do pagamento dos envios do Teste do Pezinho via Sedex, por parte do Ministério da Saúde e do Governo Federal, foi recebida com perplexidade pela Sociedade de Pediatria do RS. Se colocada em prática, a medida trará grande repercussão para população, considerando que do total de 140 mil crianças que nascem no estado por ano, aproximadamente 110 mil dependem do SUS, para a realização do Teste do Pezinho. O transporte via Sedex assegura que o resultado chegue até o Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN), responsável pela execução dos testes, de forma rápida. Havendo a troca por outro tipo de correspondência, o temor é de que os resultados cheguem com atraso, prejudicando o diagnóstico de doenças importantes.

Teste do Pezinho SPRS

- Todos os testes feitos no estado são enviados para Porto Alegre (RS) para a análise. Por ser uma importante, e imprescindível, ferramenta para descobrir doenças seríssimas em recém-nascidos, hoje, o Governo Federal paga o envio dos exames por Sedex para a capital gaúcha. O Teste do Pezinho deve ser feito de três a cinco dias após o nascimento, e o ideal é que o resultado seja conhecido no até quinze dias de vida do bebê. Com este tempo, ainda é possível reverter muitos problemas nas crianças e evitar óbitos e deficiências gravíssimas – afirma a presidente da SPRS, Cristina Targa Ferreira.

Segundo o vice-presidente da SPRS e membro do Comitê de Neonatologia da SPRS, Marcelo Pavese Porto, as crianças que dependem do sistema público de saúde serão prejudicados se houver a mudança.

- A Sociedade de Pediatria do RS pede bom senso e responsabilidade do Governo Federal, pois cerca de 80% das crianças nascidas no estado dependem dessa modalidade do Correios para terem agilidade nos resultados e na busca pelo tratamento adequado - relata Marcelo Pavese Porto.

O diagnóstico precoce é essencial para o tratamento de, pelo menos, seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita.


Redação: Mariana da Rosa
PlayPress Assessoria de Imprensa
Foto: Ana Meinhardt

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